Ontem eu ainda estava muito chocada com toda essa história sobre a USP, então resolvi convidar um amigo quero meu para tomar um café depois do trabalho. Além de queridíssimo esse meu amigo já fez duas graduações na USP, e conhece toda a dinâmica de lá bem melhor do que eu. Além de uspniano, ele é de esquerda e advogado criminal. E além de tudo isso, esse meu amigo é gay, o que torna suas opiniões muito mais politizadas, já que sente na pele, todos os dias, o preconceito e a violência de São Paulo.
Fora que nossos 10 anos de diferença de idade me fazem considerá-lo mais que um conselheiro, quase um tutor de assuntos diversos. Eu me sinto muito mais a vontade de falar de problemas pessoais com ele porque a sua experiência de vida é bem maior do que a minha e ainda sim, ele não é tão mais velho a ponto de rolar um conflito geracional. Conversamos sobre muitos assuntos, da fidelidade num relacionamento longo até a política da Polícia Militar de São Paulo diante de estudantes universitários. E, em dado momento, chegamos ao assunto da minha grande amiga, a Depressão Sazonal.
Ele começou dizendo todas as suas justificativas para amar o inverno. Das roupas chiques ao chocolate quente, do whisky on the rocks ao dormir de conchinha debaixo dos cobertores. E sabem o que ele me disse que mais adorava no inverno? Os tratamentos de beleza. Oi? Sim, isso mesmo. Ele me contou de todos os tratamentos de beleza que são indicados para serem feitos no inverno por causa da baixa incidência de luz. Me contou que quando o tempo começa a esfriar ele já fica todo empolgado e se prepara para mais uma rodada de manutenção do corpinho. Foi aí que percebi que os tratamentos de inverno podem ser uma boa pedida para dar uma levantada na auto-estima, principalmente quando ela está meio doentizinha. Afinal, como já disse aqui antes, mais do que puramente estéticos eu considero os nossos rituais de beleza um carinho para o nosso próprio corpo. E para uma mulher que sempre foi bem moleca como eu, incluir alguns desses rituais no dia-a-dia têm sido quase um ato de amor comigo mesma.
Com isso na cabeça, assim que cheguei em casa fui até o meu ‘armário administrativo’ e peguei a pasta ‘Dermatologista’ para dar uma vasculhada nas mil receitas de tratamentos indicados que eu nunca comecei. Sim, porque eu sou organizada a ponto de ter uma pasta para cada especialidade médica, embora não seja organizada o suficiente para fazer o que me pedem na prática! Foi lá que eu achei um tratamento indicado no começo do ano pela minha médica de uso de um ácido no rosto por três meses que prometeria uma renovação da pele, diminuição das manchas e suavização das ruguinhas. Detalhe: esse ácido deixa a pele extremamente sensível, e só deve ser usado no inverno, e ainda com muito protetor solar. Além dele, achei a receita para um tratamento intensivo contra o herpes (tenho herpes de baixa imunidade e luto contra ele por anos), para também ser feito no inverno, quando a minha resistência tende a cair devido ao frio. Também achei um tratamento esfoliante para as manchas que tenho nas costas, que segundo o meu namorado são imperceptíveis, mas eu acho que faz parte da cartilha de um bom namorado fazer de tudo para nos convencer que é tudo paranóia da nossa cabeça!
E então eu resolvi que seria o melhor momento para eu começar a fazer esses tratamentos já que mais do que nunca, estou precisando me cuidar. E me cuidar significa cuidar da pele, do corpo, da minha auto-estima. E lá fui eu hoje de manhã na farmácia comprar tudo o que é preciso para começar os meus tratamentos de inverno. E saber que estou aproveitando a temporada nebulosa de frio para fazer algo bom para mim, deu uma melhorada e tanto no meu astral.
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Um comentário:
Oi é a 2ª vez que li o teu blogue e adorei imenso!Espectacular Projecto!
Cumps
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