Sabe qual é o problema de se sentir uma felicidade quase completa em um dia da sua vida? Você não vai sentir tudo isso de novo assim que acordar no dia seguinte. Eu tive praticamente uma ressaca de felicidade quando acordei hoje de manhã. E sem aquela carga de hormônios de prazer correndo nas veias, confesso, o mundo parecia muito menos azul quando levantei da cama. Parece que vou ter que encontrar mais um objetivo foda para alcançar!
Estou lendo um livro sensacional do pensador contemporâneo Zygmunt Bauman chamado ‘A Arte da Vida’, que discute exatamente o nosso conceito moderno de felicidade. Ele argumenta porque hoje em dia todos os homens e mulheres passam suas vidas inteiras buscando a felicidade, sem nunca conseguir definir exatamente o que é essa felicidade que tanto buscam.
Vou dividir hoje com vocês um parágrafo desse livro que me fez concluir que a verdadeira felicidade é realmente a busca de coisas que ainda não temos, que ainda não somos, e que ainda não realizamos.
“Nossas vidas, quer o saibamos ou não e quer o saudemos ou lamentemos, são obras de arte. Para viver como exige a arte da vida, devemos, tal como qualquer outro tipo de artista, estabelecer desafios que são (pelo menos no momento em que estabelecidos) difíceis de confrontar diretamente; devemos escolher alvos que estão (ao menos no momento da escolha) muito além de nosso alcance, e padrões de excelência que, de modo perturbador, parecem permanecer teimosamente muito acima de nossa capacidade (pelo menos a já atingida) de harmonizar com o que quer que estejamos ou possamos estar fazendo. Precisamos tentar o impossível. E, sem o apoio de um prognóstico favorável fidedigno (que dirá da certeza), só podemos esperar que, com longo e penoso esforço, sejamos capazes de algum dia alcançar esses padrões e atingir esses alvos, e assim mostrar que estamos à altura do desafio.”
Lição do Dia: matando um leão por dia!
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