segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dia 87 – Criativa, eu? (republicado)

Para continuarmos com o nosso estudo do livro vou republicar os últimos 4 posts sobre o conto iniciado em dezembro passado.

Capítulo 10 – As águas claras: O sustento da vida criativa

Contos: La Llorona, A Menininha dos Fósforos e Os três Cabelos de Ouro
(Link para as três histórias completas no menu à direita)

Sabe que eu sempre me considerei uma pessoa sem nenhuma criatividade? Eu via essas pessoas excepcionais ao meu redor escrevendo, pintando, decorando, criando, e pensava: essa coisa de criatividade não é para mim. Passei anos pensando que eu nunca seria uma pessoa criativa, que eu nunca seria aquela mulher que cria novas coisas o tempo inteiro. Cheguei a pensar até que teria que passar o resto da minha vida desenvolvendo projetos alheios, já que minhas idéias eram fracas e definhavam logo depois de nascerem.

O trecho do livro de hoje fala sobre a criatividade inata das mulheres. Logo quando comecei a ler pensei ‘Ah não, não me venham dizer que as mulheres são criativas, porque meu lado criativo do cérebro veio com defeito!’. Mas enquanto lia, percebi que Clarissa chamava criatividade de outra coisa. Ela não estava falando de arte pura, de criar objetos, quadros, danças, tecidos. Ela fala da criatividade no seu nível mais básico: a criatividade que temos para criar a nossa própria vida!

“Por esse motivo, a capacidade criadora da mulher é seu trunfo mais valioso, pois ela é generosa com o mundo externo e nutre a mulher internamente em todos os níveis: psíquico, espiritual, mental, emocional e econômico. A natureza selvagem derrama-se em possibilidades ilimitadas, atua como um canal de vida, revigora, mitiga a sede, sacia a nossa fome pela vida profunda e selvagem. Seria ideal que esse rio criador não fosse represado, não sofresse desvios nem fosse mal utilizado.”

Então tive um grande insight: será que a minha dificuldade de sair de becos sem saída está na falta de criatividade que tenho para criar novas saídas para os problemas da vida?

“Quando a criatividade fica estagnada de uma forma ou de outra, o resultado é sempre o mesmo: uma fome desesperada pelo novo, um enfraquecimento da fecundidade, uma falta de espaço para as formas menores de vida se localizarem nos interstícios das formas maiores de vida, uma impossibilidade de que uma idéia fertilize uma outra, nenhuma ninhada, nenhuma vida nova. Nessas circunstâncias, sentimo-nos doentes e queremos seguir adiante. Vagueamos sem destino, fingindo poder sobreviver sem a exuberância da vida criativa, mas não podemos nem devemos.”

E se isso é verdade, como eu poderia fazer esse rio da criatividade voltar a correr? Como podemos fazer para que nossa alma se torne um terreno fértil onde nascem e vicejam idéias de novos caminhos? Qual é a forma de fazer isso?

Embora Clarissa ainda vai nos falar sobre como dês-represar o rio da criatividade interna, eu comecei a pensar em  algumas questões comigo mesma:
- estou entrando em contato com coisas novas diariamente?
- eu coloco energia suficiente nas idéias que tenho?
- quando me vejo num beco sem saída, penso em novos caminhos ou paraliso?
- que tipo de experiências poderiam me ajudar a ser mais criativa?
- eu já fui especialmente criativa em alguma área e deixei isso morrer?
- estou cercada de pessoas criativas ou monótonas?
- o meio que eu vivo acaba bloqueando o surgimento de novas idéias?
- o meu trabalho diário é minimamente estimulante?
- que tipo de situação ou contexto me estimula?
- a quanto tempo não possuo um hobbie?

“Se ansiamos pela energia criadora; se temos problemas para alcançar os aspectos férteis, imaginativos, formadores de idéias; se temos dificuldade para nos concentrarmos no nosso sonho pessoal, para agir de acordo com ele ou para garantir sua execução, então alguma coisa deu errado no ponto de união das águas das cabeceiras e dos afluentes de um rio. Ou pode ser que as águas criadoras estejam correndo por um meio poluente no qual as formas de vida da imaginação são eliminadas antes que possam atingir a maturidade. Com enorme freqüência, quando uma mulher se vê despojada da sua vida criativa, todas essas circunstâncias estão no cerne da questão.”


Lição do Dia: des-represar o rio da criatividade tem prioridade máxima agora!

Pendências: cruzando os dedos, fé na sorte!

Leia os três contos: La Llorona, A Menininha dos Fósforos e Os três Cabelos de Ouro: http://querocorrercomoslobos.blogspot.com/p/os-tres-contos-la-llorona-menininha-dos.html

Escreva para a Vero: eueoslobos@gmail.com

Um comentário:

Isa disse...

Vero!! Que legal esse seu blog, li esse post da criatividade e adorei!! Serve muito pra mim. Muito obrigada pelo email sobre o super antenadas, vou atentar a cada observação sua (desculpe a falta de tempo pra responder, prometo que o farei em breve). E...parabéns por esse blog. Idéia genial!! Dia 24 de fevereiro vamos lançar o blog oficialmente em uma festa no restaurante Ecco. Já guarda essa data!! Beijos querida. Isa.